segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pedagogia no Endomarketing?

Manter-se equilibrado nesse mundo é um desafio, criar outra pessoa é uma missão quase impossível. Um filho é praticamente um exame, uma prova perpétua que você aplica a si mesmo, todos os dias. Muitas vezes nota 10. Algumas outras ficamos abaixo da média. O que fazer?

Uma das coisas a não fazer é fazer todas as vontades do rebento (pode ler a frase de novo, ficou complicada mesmo). Bem, isso se você não quiser ter um monstrinho dentro de casa. E é bem fácil compreender a evolução desse ser, tudo começa e se encerra na questão da facilidade, tudo o que se recebe de forma fácil não tem valor.

E fazendo todas as vontades de uma criança, na verdade você está condenando uma pessoa a não ter interesse nas coisas da vida, pois nada terá valor mesmo...

Indo para o Endomarketing, eu sei que uma empresa não deve nunca infantilizar seus funcionários ou duvidar de suas capacidades de interpretação, enfim, funcionário não é criança. Afinal, nos momentos mais críticos você precisará de um adulto, com atitudes maduras e assertivas; e nunca uma criança, insegura e medrosa.  

Mas, em alguns momentos, em alguns poucos momentos, a Pedagogia liga os pontinhos com o Endomarketing. E a forma de tratamento que se dá a uma criança se encaixa, perfeitamente, na forma que se trata um funcionário.

Uma delas: nunca, em hipótese alguma, a empresa deve dar algo a um funcionário, tudo é realizado na base da troca. Comprometimento irá render um cardápio melhor em um dia da semana. O alcance da meta vai possibilitar o convite para mais um acompanhante no evento de fim de ano. O cuidado com os eletrodomésticos do refeitório poderá impulsionar a colocação de uma TV no ambiente. O seu salário ser creditado todo dia 5 em sua conta, sem que você tenha que enfrentar filas ou atrasar o pagamento de suas dívidas, é por conta do seu trabalho ser bem feito todos os meses.

Então, pessoal da Comunicação Interna e do RH, risquem de seus dicionários o verbo dar. Coloquem em seu lugar a expressão contrapartida. Esqueçam a idéia do oferecimento e a redesenhem com o sentido de correspondência.

Pense naquela empresa que dá tudo de mão beijada para seu funcionário, o que na verdade ela está fazendo? Criando monstrinhos mimados, filhotes da negligência e do descaso, que ela nunca poderá contar nos momentos difíceis. E o pior, pessoas totalmente desinteressadas, que darão valor a poucas coisas em seu trabalho e em todo aquele caminhão de benefícios, estacionado em sua vaga reservada na empresa.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário