Já tive a oportunidade de visitar algumas empresas que possuíam em todos os seus espaços, da sala de reuniões à sala de convivência, plotagens imensas com fotografias de pessoas. Banco de imagens gratuito, exploração do já visto várias vezes. Fracasso horripilante.
Já tive a oportunidade de passear em alguns trens fantasma. Em cada curva, mesmo sabendo que algo surpreendente irá acontecer, mesmo assim, é um susto novo. Monstros, fantasmas, vampiros, exploração do já visto várias vezes. Sucesso horripilante.
E desde já, vou sentindo muito pela analogia, mas a falta de cuidado que muitas empresas têm com o visual de seus materiais internos é de amedrontar até o Padre Quevedo. E o mais interessante é que muitas vezes, a empresa que não está dando a real importância para o seu visual interno é a mesma que possui um material publicitário de primeira, caprichado na aplicação de verniz e cheio de facas mirabolantes.
O problema é que este material impecável – voltado ao público externo - fica oco, sem embasamento de realidade, pois a mão que o está entregando, com certeza de um funcionário, não acredita naquilo tudo que está ali. E eis um grande ruído na comunicação, e o pior, entre o funcionário da linha de frente e o cliente.
Por isso é necessário haver um equilíbrio entre os conteúdos das comunicações de uma empresa, principalmente o estético. E é claro, quanto mais elevado for este nível melhor se terá a comunicação entre as partes envolvidas.
Outra questão importante desse aspecto é a busca pela diferenciação, quando muitas empresas procuram incansavelmente um diferencial em seus produtos, em seus funcionários e em seus resultados; porém, em seu material de comunicação a mesmice é que dita o estilo.
Imagens oriundas de bancos gratuitos na internet, aplicadas em material de Comunicação sem um tratamento que as diferencie bastante da imagem original, oferece uma mensagem logo de cara: padronização. E não importa o conteúdo que está disposto nesse material, pode ser a sacada mais brilhante e diferente já vista, a primeira impressão (e dizem por aí que é a que fica) é de algo padronizado e uniforme. Logo, um desafio para atrair a atenção de alguém.
Por isso, em minha opinião, o único tipo de sentimento que conseguimos despertar em uma pessoa utilizando imagens já vistas, desgastadas e mal tratadas, é o de terror. E se possui alguma duvida em relação a isso, entre no próximo trem fantasma que encontrar e depois nos falamos.
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