segunda-feira, 19 de março de 2012

Calçada da Fama Corporativa: As 150 Melhores Empresas para Trabalhar

Segundo Woddy Allen, 80% do sucesso é comparecer. E pensando de acordo com essa máxima, bastante cinematográfica, digna de estrelas, chego a atual importância que diversas empresas dão em estarem devidamente sentadas no suntuoso trono das 150 melhores empresas para se trabalhar.

E assim, se cria mais um nicho de mercado, onde RHs, equipes de Endomarketing e Comunicação interna, institutos internacionais de pesquisas, revistas segmentadas no assunto, jornalistas, diretores administrativos e muitos outros profissionais depositam boa parte de sua força de trabalho em busca desse Olimpo Organizacional.

Acredito que muitas corporações sabem fazer bom uso dessa oportunidade, investindo em seu pessoal com responsabilidade, desenvolvendo programas de incentivo em médio e longo prazo, planejando fluxos de informação de forma consistente, etc. Mas também sei de muitas organizações que, por conta da obsessão em se mirar nesta lista, tal qual um Narciso frente à poça d’água; muitas vezes não sabem o que fazer com o fato (não possuem um plano de mídia ou um projeto para captação de talentos) e quando ele se torna realidade, acabam se tornando cegas e surdas. Bem ao ritmo de uma tragédia grega mesmo.

E uma empresa cega e surda é um perigo para a sociedade, pois ela não consegue observar os limites, não consegue enxergar os precipícios que a rodeiam, sendo levada a uma queda que é sempre fatal. Levando muitas pessoas e famílias junto dela.

Para se pisar no solo sagrado das listas das melhores empresas para se trabalhar não são necessárias atitudes espetaculares, programas internos agigantados, muito menos projetos que causem grande impacto no balanço financeiro, nada disso irá conduzir uma empresa para este fim. Muito ao contrário, pois ser o que não se é dá tanto trabalho, que normalmente se acaba desistindo da máscara no meio do caminho, por cansaço.

O processo de investigação realizado pelos institutos responsáveis por esta “eleição” é feito exclusivamente com os funcionários da empresa inscrita. São eles que avaliam a empresa através de notas e questionários. Logo, avaliam de acordo com suas percepções a respeito da empresa e de seus aspectos tangíveis e intangíveis.

Sabemos que o primeiro objetivo de toda Comunicação e, mais precisamente em nosso caso, da Comunicação interna, é despertar a percepção dos funcionários para algo. E assim guiá-lo pelos caminhos corporativos necessários, de acordo com os objetivos da organização.
Desta forma, fica claro que de nada adianta imensos investimentos da organização da noite para o dia, processos de reengenharias, desenvolvimento de infinitos procedimentos ou qualquer outra iniciativa administrativa, se ela não vier acompanhada da Comunicação interna. Divulgando, explicando, motivando, mostrando para todos os objetivos da empresa e indicando os passos a serem dados no percurso correto, rumo a esta tão desejada calçada da fama. 

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