terça-feira, 10 de julho de 2012

No meio do Mural tinha uma pedra...

Sempre que estou diante de um mural me volta à boca o gosto de Mirabel. E quem não conhece o que é um Mirabel, infelizmente, não sabe o que perdeu. Pois ele foi o avô do biscoito wafer, quando lá pelos idos da década de 80 ainda nem sabíamos pronunciar a palavra wafer.
 Mas acho que esse gosto me vem à memória por conta do ambiente em que estavam inseridos os murais em minha vida, a escola primária. E depois dela, nunca mais observei um mural com atenção, dando a devida importância que ele poderia ter, ou melhor, as suas informações afixadas.

E a partir da minha memória é que defino: um mural para funcionar plenamente precisa ter informações fantásticas, estupendas, extraordinárias, incríveis, maravilhosas e por aí vai. Sem ser desta forma, um mural sempre acaba se tornando uma natureza morta, um quadro daqueles de canto de cozinha, bem engordurados.
 
Afinal, em uma época em que o conforto é acionado nas pontas dos dedos, ficar de pé na frente de uma parede olhando para um quadro, é dose. E o melhor, lendo atentamente a papéis na maioria com fonte 12, é demais para nós, seres tecnologicamente velozes. Concorda?

Por isso, evite o mural. Use todos os argumentos possíveis para banir esta peça de museu de sua empresa. Pois é só mesmo em museus que ficar de pé em frente a paredes funciona até hoje.

Mas, se mesmo assim, for inevitável a implantação de um quadro-mural, respire fundo e siga. Mas vá por caminhos ainda não percorridos em sua empresa, jogue com a surpresa. Durante uma semana deixe o mural totalmente vermelho, em outra, totalmente verde e por aí vai. Em um dia coloque luzes de LED piscando, em outro, pendure amostras de perfume, em outro, cole balas e pirulitos, em outro, coloque plantas, em outro, fixe desenhos e pinturas, em outro, jogue água, em outro, queime pedaços dos informativos, em outro, cubra ele de jornal.

Modifique também o ambiente ao redor deste mural, coloque cadeiras, café, terminal de computador, uma coleção de vassouras, pedras no chão, uma pessoa trabalhando, um aquário, uma caixa de som ou uma goteira no teto.

Enfim, conceitue seu mural a partir do inusitado, do divertido e do inesperado. Só assim ele será um veiculo de comunicação entre os funcionários e a empresa. 

Um comentário:

  1. Fico pensando...Um mural para um refeitório...(a empresa é do segmento de refeição coletiva). Tá certo: a gente come com os olhos. Acho que daria pano pra manga esse mural! Legal sua opinião!

    ResponderExcluir