Um setor de Comunicação interna que seja responsável por
revistas, jornais, murais, diversos eventos, várias ações, que tenha um
calendário bem robusto e possua ótimos redatores, designers e gestores, se não
manter contato com seu público, de muito pouco adiantará todo esse
investimento.
Quando falo contato com o público não estou me referindo a
e-mails, telefonemas ou cafezinhos; estou falando de contato mesmo, de uma
troca real. E para não acabar citando uma lista de oportunidades e exemplos
para contatos com os funcionários, prefiro trazer a seguinte máxima:
Comunicação é satisfação.
A partir desta afirmação, podemos concluir que muitas
pessoas podem até saber aplicar algumas técnicas da tal da comunicação, mas
saber fazer é outra coisa. Pois a comunicação está muito além de um jornal
corporativo bem escrito, afinal, a pessoa que entrará em contato com o material
precisa ter satisfação, precisa ter empatia com tudo o que está envolvido na
questão, principalmente com quem é o responsável por aquilo.
Quem nunca foi a uma festa praticamente obrigado, pois não
ia muito lá com cara do anfitrião, e embora a festa tenha sido perfeita em
todos os aspectos, simplesmente, não lhe agradou. E se lhe houvessem perguntado
você diria que estaria bem melhor no sofá de sua casa ou em outro lugar.
Acho que essa situação responde a todo este assunto, pois em
termos tão subjetivos como é a comunicação, não adianta você fazer seu trabalho
todo certinho, com técnicas e aplicações irrepreensíveis, se você é um
antipático, esnobe, inseguro, reservadíssimo, etc.
Pois é impossível, até agora nesse mundo, você sem dar nada,
sem dar a abertura necessária conseguir a abertura esperada, conseguir atingir
seus objetivos. Sinto muito, mas sua comunicação não irá alcançar nem 40% do que
seria capaz se você se comportasse como espera que os outros se comportem.
Aí está um dos grandes problemas da comunicação interna (e de
diagnóstico extremamente difícil): a falta de contato, de abertura de quem faz
essa comunicação com quem a recebe. E a questão é simplesmente essa: as pessoas
não a recebem. Pois existe uma barreira pessoal (e comunicação é totalmente pessoal!).
Enfim, é como jogar sementes boas em terreno estéril, nunca vai nascer nada
ali.
Não esqueça: Comunicação é um esporte coletivo, de contato
físico, de olho no olho, de risos, de intimidade. Comunicação é música, ritmo,
tom, afinação, plateia, cantoria e acompanhamento. Comunicação é espetáculo,
show, festa, diversão, movimento. Comunicação é solidão, coletividade,
reflexão, impulso. Enfim, Comunicação é oferecer para resgatar.
Quero deixar o meu apreço sobre esta reflexão, pois é de suma importância para que os gestores de Comunicação possam beber desta breve e importante contribuição sobre a Comunicação Interna tão escassa dentro das organizações.
ResponderExcluirFlávio e Vicente,
ResponderExcluirEstão totalmente certos em suas observações. Como dizem por aí: tecnologia é boa, mas atrapalha. Acho que isso se aplica ao cotidiano da área de comunicação interna, que não pode se esconder por traz de ferramentas tecnológicas ultra avançadas. Não basta fixar novo material a cada semana no mural do cafezinho. É preciso ficar lá, observar a reação das pessoas. É preciso circular pelos corredores e perguntar, muitas vezes de forma direta, se o material que está sendo produzido e divulgado está agradando. E se não está, buscar os motivos para tentar melhorar. Pegando o gancho do final do seu texto: sem dar a cara a tapa, e ouvir o que os outros têm a dizer, você não vai conseguir alcançar os seus objetivos.