sexta-feira, 5 de abril de 2013

Paradoxos da Motivação

Trabalhar com motivação é um imenso desafio, se for com a de outras pessoas, uma incógnita latejante; se for com a sua própria, dúvidas cruéis e constantes. Mas, fazer o quê? Somos humanos e vamos brindar a isso! Só que entre um gole e outro, bem que podemos tentar entender um pouco mais dessa máquina de sentimentos chamada – nós (primeira pessoa do plural / laço feito de corda ruim de desfazer).

Por que permanecer motivado parece um desafio em que já saímos perdendo?

A resposta, segundo o psicólogo Barry Schwartz, se dá pelo fato de termos opções de escolhas demais, e infelizmente, não fomos criados para lidar com essa realidade. No entanto, já posso deixar o meu registro de que uma vida sem escolhas é impossível de ser vivida, mas, por outro lado, o fato de não conseguirmos equilibrar a balança e vivermos diante de um shopping de opções para tudo, se torna mais um ônus do que um bônus.

E o Sr. Schwartz continua: “Neste ponto, ter escolha não é mais uma força libertadora, mas debilitadora. Pode até se dizer que é tiranizadora.”

Ao sairmos da esfera do público interno para observarmos o consumidor mais de perto, em busca de respostas para a pergunta feita lá no início do texto, o nosso citado psicólogo em seu livro The Paradox of Choise (O paradoxo da escolha) afirma que em seu supermercado usual existem 285 variedades de biscoitos e 175 tipos de molhos para saladas.

 Nesse caso o ônus se dá através do tempo, pois até pode-se sair de casa com uma lista para compras, mas diante de tantas opções é certo de que a permanência no estabelecimento se torna muito maior do que o desejado. Desta maneira, temos um efeito de paralisa em vez de libertação diante de tantas opções apresentadas.

Outra questão muito pertinente nesta discussão é o fato de que diante de uma mesa repleta de comidas saborosas, antes mesmo de engolirmos a primeira garfada já estamos olhando para outro prato que não escolhemos. E isso se dá por um paradoxal questionamento interno que ao decodificarmos quer dizer, basicamente, que poderíamos ter feito uma escolha melhor diante de tantas. E isso nos joga em um círculo vicioso de antes mesmo de nos sentirmos felizes com uma escolha, somos imediatamente tomados pela dúvida que nos conduz à infelicidade desmotivadora.
 Enfim, quem disse que trabalhar com Endomarketing é fácil, lhe enganou. Pois não existem fórmulas para aplacarmos essa guerra interna que acontece em todo momento dentro de nossos territórios psicológicos, mas, pelo menos pararmos para analisar o que se passa conosco em relação a este mundo já é um grande passo, que nos tira do lugar anterior. E vejam vocês... Isso já é motivação!

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