Trabalhar com motivação é um imenso desafio, se for com a de
outras pessoas, uma incógnita latejante; se for com a sua própria, dúvidas
cruéis e constantes. Mas, fazer o quê? Somos humanos e vamos brindar a isso! Só
que entre um gole e outro, bem que podemos tentar entender um pouco mais dessa
máquina de sentimentos chamada – nós (primeira pessoa do plural / laço feito de
corda ruim de desfazer).
Por que permanecer motivado parece um desafio em que já
saímos perdendo?
A resposta, segundo o psicólogo Barry Schwartz, se dá pelo
fato de termos opções de escolhas demais, e infelizmente, não fomos criados
para lidar com essa realidade. No entanto, já posso deixar o meu registro de
que uma vida sem escolhas é impossível de ser vivida, mas, por outro lado, o
fato de não conseguirmos equilibrar a balança e vivermos diante de um shopping
de opções para tudo, se torna mais um ônus do que um bônus.
E o Sr. Schwartz continua: “Neste ponto, ter escolha não é
mais uma força libertadora, mas debilitadora. Pode até se dizer que é
tiranizadora.”

Ao sairmos da esfera do público interno para observarmos o
consumidor mais de perto, em busca de respostas para a pergunta feita lá no
início do texto, o nosso citado psicólogo em seu livro
The Paradox of Choise (O paradoxo da escolha) afirma que em seu
supermercado usual existem 285 variedades de biscoitos e 175 tipos de molhos
para saladas.
Nesse caso o ônus se dá através do tempo, pois até pode-se
sair de casa com uma lista para compras, mas diante de tantas opções é certo de
que a permanência no estabelecimento se torna muito maior do que o desejado. Desta
maneira, temos um efeito de paralisa em vez de libertação diante de tantas
opções apresentadas.
Outra questão muito pertinente nesta discussão é o fato de
que diante de uma mesa repleta de comidas saborosas, antes mesmo de engolirmos
a primeira garfada já estamos olhando para outro prato que não escolhemos. E
isso se dá por um paradoxal questionamento interno que ao decodificarmos quer
dizer, basicamente, que poderíamos ter feito uma escolha melhor diante de
tantas. E isso nos joga em um círculo vicioso de antes mesmo de nos sentirmos
felizes com uma escolha, somos imediatamente tomados pela dúvida que nos conduz
à infelicidade desmotivadora.
Enfim, quem disse que trabalhar com Endomarketing é fácil,
lhe enganou. Pois não existem fórmulas para aplacarmos essa guerra interna que
acontece em todo momento dentro de nossos territórios psicológicos, mas, pelo
menos pararmos para analisar o que se passa conosco em relação a este mundo já
é um grande passo, que nos tira do lugar anterior. E vejam vocês... Isso já é
motivação!
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