quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Data Comemorativas Duvidosas

Quem tem pai aí levanta o dedo! E quem não tem? E quem teve, mas ele morreu? E quem até conhece, mas não considera como um pai? E quem nunca teve, pois foi criado pela avó, ou só pela mãe? E quem tem duas mães? E quem foi criado em um orfanato? E quem foi fruto de inseminação artificial? E quem ainda está na dúvida se entra na justiça pedindo testes de DNA?
O mundo mudou. A família tradicional de papai, mamãe, vovó e titia, praticamente está em extinção (e sem que ninguém crie uma ONG para tentar fazer com que essa espécie não suma do planeta). Enfim, é fato. O caminho é sem volta. Temos que nos adaptar.
E falando em adaptação, peço atenção a todos os professores, pedagogos, profissionais de Endomarketing e Comunicação interna: repensem as comemorações referentes ao Dia dos Pais e das Mães. Pois não é agradável receber um comunicado comemorativo sobre este assunto, para quem não tem um desses membros compondo sua história particular (e já aproveito para informar que não é meu caso, tenho pai e mãe, e ainda por cima são casados até hoje... sou quase um alienígena entre meus amigos).

Portanto, fica o alerta, cuidado com este assunto. Pois você pode, com a melhor das intenções fazer uma frase linda, um layout maravilhoso, um conceito arrasador, enviar para todos seus funcionários, e ficar só aguardando os parabéns pela ação e acabar recebendo: Feliz Dia dos Pais para quem? Só se for para você! Pois eu nunca tive pai.

E agora? O que fazer? Como dar uma resposta a uma pessoa que questiona sua ação comemorativa? E como não existem respostas para estas perguntas, o melhor é: não fazer a ação. Porém, a tendência, baseada no senso comum, ainda manda fazer.  Logo, estamos em um impasse.

Mas, aí vai um conselho, se realmente for muito importante para o setor realizar este tipo de ação, então, que ela seja algo bastante trabalhoso. Pois, o ideal, é que sejam analisados os dados cadastrais de todos os funcionários. E somente aqueles que possuam pais ou mães, recebam este tipo de comunicação.

Muito trabalho? Trabalho demais! Quase inviável, dependendo do tamanho da empresa ou da quantidade de tarefas do setor. Por isso, em meu caso particular, prefiro não seguir a tendência ditada pelo senso comum (que em muito breve será modificada por força da realidade), e sim, criar a vanguarda: extinguir esse tipo de comemoração em vias corporativas.

E para quem quiser ser mais vanguardista ainda, dou uma dica: procure saber mais sobre o dia do cuidador – dia 12 de maio. O dia criado para homenagear aquele que cuida de alguém, não importando ser pai, mãe, avó, babá, etc. 



Um comentário:

  1. Discordo. E quem É pai? Mesmo que tenha sido criado por tia, avó, mãe, etc. Não merece receber a mensagem?

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