Em nossa constante busca pela
perfeição, se imagine nascendo daqui a mil anos. Com certeza você será gerado
por um geneticista, pode esquecer papai e mamãe. Porém, terá o físico perfeito,
seus genes estarão todos em harmonia exemplar para que nunca um vírus se aposse
de seu organismo, que será um misto de substâncias orgânicas e plásticas. E o
mais legal de tudo isso é que se você acha que tudo não passa de uma viagem
minha, está enganado.
Nos últimos 10 anos, na busca
pelo humano infalível, cientistas conseguiram realizar verdadeiros milagres em
seus superincríveis laboratórios que desafiam a própria compreensão humana.
Quer alguns exemplos? Pois bem, vamos lá.
Em 2001, uma equipe de
investigadores do Instituto de Medicina e Ciência Reprodutiva de Nova Jersey,
nos EUA, criaram o primeiro ser geneticamente manipulado, quando pegaram parte
do óvulo de uma mulher e o anexaram à parte do óvulo de uma mulher infértil,
colocando no mundo a primeira pessoa com duas mães e um pai biológicos.
Mas
será que em algum momento surgirá uma mutação que nos permita viver muito mais
tempo que o normal? Pois bem, ela já existe. Não em um ser humano, mas em um
verme chamado C. elegans,
que em algumas de suas espécies mutantes pode ser observado um programa
genético que permite que suas células possam viver muito mais tempo e resistir
melhor ao estresse. Um bom passo para o tão esperado Elixir da Eterna Juventude.
Agora,
em pleno 2012, é bem interessante até tentarmos ser perfeitos, mas com a
certeza de que, enquanto humanos, nunca seremos. E ainda bem! Pois o momento em
que alcançarmos esta perfeição toda de laboratório, isto vai querer dizer que
somos todos iguais. Os mesmo desejos, as mesmas atitudes, as mesmas crenças, os
mesmos medos, enfim, a mesma perfeição. Enfim, seremos todos 100%.
Mas
para assuntos corporativos, que envolvem pessoas humanas, pelo menos até agora
o 100% não existe. Pois somos formados de diferenças cognitivas, o que eu
compreendo é fruto de minha história de vida, que nunca poderá ser parecida com
a de outra pessoa; como também é resultado da percepção singular que terei do
fato.
Desta
maneira, nunca espere 100% de resultado em nada que envolva Endomarketing ou
Comunicação interna.
Muitos
gestores de fora da área entendem um objetivo de Endomarketing como algo exato;
porém, exata é somente a verba destinada, a definição deste objetivo e seu
prazo de planejamento e execução, e olhe lá! Pois neste e em todos os outros
casos, o resultado obtido nunca será perfeitamente acabado. E quando falo isso
quero me referir à exatidão dos 100%, da totalidade.
Por
mais que se queira informar e se dê todas as facilidades para isso, sempre
existirá quem não quer ser informado, além do fato de que todos os interessados
perceberão de forma diversa a mesma informação. Desta forma, os resultados
nunca abrangerão a todos, nunca. Você pode dar para cada funcionário uma
passagem para Paris, e alguém vai dizer que não quer, por que lá tem muito
francês...
Por
tanto, saiba lidar com as diferenças. Um profissional de Endomarketing não tem
o direito de ter preconceitos (necessita de uma luta constante para
exterminá-los), não pode desprezar as minorias, não pode valorizar as maiorias
e não pode acreditar nunca que um resultado em porcentagens se encerra em si
mesmo. É preciso muita análise com os resultados, pois um 20% de aceitação pode
não estar querendo traduzir 80% de rejeição, muitas vezes, a realidade está bem
longe disso.
Então,
profissionais de Comunicação interna e Endomarketing, não se frustrem com os
resultados distantes do que você projetou, talvez esta seja a resposta
procurada e que vai fazer a diferença em seus objetivos lá na frente (aguce sua
percepção). E nunca busque os 100% de perfeição, afinal, você ainda não
trabalha num laboratório em meio a cobaias.
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