
O bailado de um Mestre-Sala e de uma Porta-Bandeira transcende o ritmo tocado. Pois eles não sambam, eles bailam algo inspirado no Minueto, uma dança francesa, clássica, caracterizada pela nobreza. Com a exigência da simpatia e da elegância, ela apresenta a bandeira da Escola e ele a defende de qualquer ataque externo (comuns no passado). Uma defesa bastante eficiente, feita com canivetes dignamente escondidos no lenço, na baliza ou no leque; que sempre estão junto dele, até os dias de hoje.
A Porta-Bandeira traz com ela o pavilhão da Escola de samba e nele está contido toda a história, as normas, as diretrizes, as “leis” que tornaram aquele Grêmio Recreativo uma organização. Sendo assim, aí está o nosso RH, o setor que possui todas as informações sobre o público interno, os processos trabalhistas, as seleções, treinamentos, avaliações e a condução de todos os trâmites dessa dança funcional.
Porém, este bailado não é realizado solo. É necessário outro setor para que esta dança conquiste o público, um setor que se dispõe a proteger e defender essas informações tão valiosas e dar a amplitude necessária a todas elas. Incluindo também a obrigação de apresentar com elegância todas as normas e comunicações necessárias. Este bailarino é o Endomarketing, nosso Mestre-Sala, o único com a capacidade de transformar uma chamada obrigatória para recadastramento de endereços em algo divertido e lúdico. Ou então, de fazer a comunicação oficial de um grande corte de funcionários com o mínimo de impacto na rotina da empresa.
As semelhanças dessas duas danças – a do carnaval e a empresarial - podem ficar mais claras ainda quando observamos suas regras, como por exemplo, um Mestre-Sala nunca pode esbarrar em sua Porta-Bandeira ou parar de costas para ela. Realmente, se esse posicionamento se estabelecer entre um setor de RH e de Endomarketing está decretado o samba do crioulo doido nesta empresa.
Então, para chegarmos sempre à Apoteose em nosso desfile corporativo e para que um belo bailado de nossos setores possa acontecer e encantar todo o público interno, a troca ininterrupta de informações é mais do que necessária, é vital. Mas sem ninguém invadir o espaço de ninguém. Afinal, quem gosta de levar um pisão no pé durante uma contradança?
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