Historicamente, o Natal não existe como o conhecemos. É uma comemoração cristã baseada em ritos e datas pagãs, desta forma, nessa altura do campeonato, qualquer católico sabe que Jesus Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro. E, como acredito não ter leitores com menos de 16 anos, sinto revelar, mas Papai Noel também não existe.
O presépio é uma criação livre, totalmente poética, de Francisco de Assis; na verdade, não foi desse jeito. A árvore de Natal também não tem nada a ver com nada, para nós, brasileiros. Presentes, bacalhau, peru, vinho, compras e promoções, nada disso define realisticamente o Natal. Pois ele é uma abstração necessária, uma criação conceitual do homem.
Aí vemos a força e a importância de um conceito. Afinal, mesmo que você não curta nem um pouco a festa natalina, precisa admitir que ela muda sua vida. Pelo menos em alguns engarrafamentos, em algumas lojas lotadas ou em uma noite de saco cheio diante de reencontros forçados em família. Não importa, em alguma coisa o Natal causa mudanças em seu cotidiano.

Por isso, tendo o Natal como ótimo exemplo, demonstro a importância de conceituar tudo o que for possível dentro da Comunicação Interna, tudo. Se possível, até o próprio setor pode sofrer conceituação de acordo com o momento ou o posicionamento da empresa.
Afinal, conceituar é aumentar a possibilidade de ser compreendido.
Um evento, seja ele qual for, de um café com o presidente à comemoração de 100 anos de liderança de mercado da empresa, pode e deve ser conceitual. E me atrevo a dizer que um evento corporativo sem estar sob a ótica de um conceito é uma coisa muito chata e de impossível recall.
O anúncio de uma pesquisa de clima ou a divulgação de convocação para atualização de dados, pode e deve ser conceitual. Os Canais de Comunicação devem ser conceituais, e também possuírem uma linha de edição muito bem definida. Enfim, quase tudo pode e deve ser conceituado.
Sei que conceituar significa gastar mais no aspecto financeiro e no tempo de execução. Mas seja sincero, o que acharia de um Natal sem Papai Noel e manjedoura, sem pernil e avelã, sem clima de solidariedade e programas especiais na TV, sem feriado e sem anúncios a todo o momento em todos os canais sobre o mesmo assunto, sem pisca-pisca e panetone. O que acharia disso?
Mesmo que este conceito de Natal precise evoluir em algumas questões, acho que não seria bacana que ele deixasse de ser implantado em sua vida. Pois mesmo com toda a economia de dinheiro e tempo que seria feita, a percepção do final de um calendário não aconteceria e seu ano passaria a ter 730 dias. E aí, cadê a real economia de dinheiro e, principalmente, tempo?
Em pleno 2012, ainda precisamos admitir: os conceitos são vitais para nossa vida. E para a Comunicação Interna também.
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