sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cultura Organizacional no Edifício Japonês

Todos os humanos são dotados de cultura, pois todos estão imersos em algum tipo de sistema cultural. E até mesmo a negação e a exclusão do sistema já é uma forma de cultura. Da mesma forma, toda e qualquer empresa também possui uma cultura, que é o conjunto de valores, normas, leis internas, atitudes e comportamentos das pessoas que a compõem.

Essa cultura também possui diversas camadas, uma mais superficial e concreta, onde se pode ver e ouvir suas manifestações. E é claro, outras camadas, mais interiorizadas e de difícil identificação e trabalho por parte do Endomarketing. Nestas camadas, podemos observar as razões para motivação, engajamento, inclusive os sentimentos e traumas pessoais, muitas vezes não verbalizados por suas próprias detentoras.

Definitivamente, tudo impacta a cultura organizacional, e tudo é impactado por ela. Sendo assim, quanto mais tradicional e fundamentada ela for, mais difícil o manuseio de seus componentes, e mais obstáculos a Comunicação interna terá que ultrapassar.

Para falar sobre cultura, que é algo bem diverso, eu gosto de lembrar a Terra do Sol Nascente, onde todos - aos nossos olhos - têm a mesma cara, são todos iguais. Pois é lá, no Japão, que acontece com muita frequência algo que contribui para que a vida seja observada de outra maneira, muito diferente da nossa: os terremotos.

O mundo hoje se parece muito com um terremoto constante. Nenhum governo instituído possui mais a tal da estabilidade. Não existem mais lideranças mundiais, pessoas que conduzam através de um ideal milhares de outras. Não existe mais uma tendência artística dominante, ou científica. Fatos acontecidos em Israel abalam posicionamentos aqui, no Brasil. Um vídeo gravado na periferia de Paris pode, em menos de uma hora, despertar desejos de consumo no interior de Maceió ("ah, se eu te pego. ah, ah, se eu te pego...").

O mundo é um nó, cheio de tensão, ora para se desatar ora para se embolar mais ainda. Com isso as nações, as pessoas, as culturas, as empresas tremem em constante terremoto cultural. E como os japoneses lidam com os seus terremotos (geológicos)? Eles criam edifícios que balançam no ritmo do abalo sísmico, mas não caem.

Esse é o exemplo perfeito para uma análise e a posterior adequação da cultura organizacional de sua empresa. Que precisa ter alicerce profundo, porém, bastante maleável; precisa ter amortecimento na base; precisa ter muita tecnologia em seu fundamento; precisa ter o tamanho correto em relação à empresa e às pessoas, para não ruir dos andares mais altos para baixo; e precisa ter flexibilidade em todos os padrões e estilos adotados.

 E já que os terremotos são imprevisíveis, e também uma novíssima constante em nossas vidas pessoais e profissionais, precisamos seguir o exemplo de nossos irmãos que têm os olhos fechadinhos para ver melhor: o resistente quebra, o flexível sobrevive. 

Um comentário:

  1. Sim a comparação com os terremotos foi muito feliz e como organização, empresa, negócio, precisamos mesmo criar nosso sistema antisismíco.

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