Um cara que vivia dez anos em um mês, que sentia cada hora como se fosse a última e que, talvez por isso, fazia poesias lindas, delicadas e ainda colocava todos para rir e dançar. Sebastião Rodrigues Maia, ou Tim Maia, é um dos grandes brasileiros que ainda continua a distribuir por aí - com imensa fartura - beleza, sentimentos e sabedoria.


Esse gigante poeta, cantor, músico, síndico e filósofo, em meio a suas orgias de drogas teve a inspiração para investigar seu próprio pensamento. Pois, sentindo que sua forma de perceber o mundo, constantemente alterado, era oscilante e fazia com que ele próprio duvidasse da realidade das coisas, o gênio criou uma palavra para definir esse seu estado mental: Percepnóia.
Então, sentindo-me na fazenda de “Coroné Antonio Bento” em plena “Primavera”, me deixo levar pela sensação de que “Vale tudo” e falo pra mim mesmo: “Acenda o farol” nessa questão! E assim, seguindo “O Grão Mestre Varonil” como um verdadeiro “Descobridor dos 7 mares”, chego também a uma nova palavra: Perceptante. A percepção constante.
Todos os objetivos de uma Comunicação Interna somente são alcançados se, e somente se, a mesma conduzir a percepção do receptor, e isso vale para qualquer tipo de Comunicação, até para o papo do botequim.
É preciso saber de que forma aquela conversa será melhor percebida pelo outro, qual o objetivo e a moral da história que está sendo contada, qual o tempo necessário para manter o interesse do outro e quais os recursos que mais atrairão a atenção, por mais tempo possível. Logo, uma Comunicação Interna burocrática e desinteressante, que falhe nessas premissas, nunca alcançará a atenção plena, tão necessária para que a finalidade seja alcançada.
As Pesquisas de Clima Organizacional, e a imensa maioria das pesquisas, sejam qualitativas ou quantitativas, medem só uma coisa, a percepção do entrevistado sobre algo. Afinal, o refeitório da empresa servir caviar e camarões pode ser percebido como maravilhoso por uns e um castigo por outros. O benefício de 20 salários mínimos para uma determinada tarefa pode ser pouquíssimo para um e muitíssimo para outro, sendo os dois da mesma empresa, com mesmo cargo, com as mesmas obrigações financeiras e podendo até serem irmãos. Cada um, sempre, perceberá a realidade de uma forma distinta.
Nada garante que a percepção será conduzida de maneira uniforme e igualitária, nada. Afinal, fazemos Comunicação para seres humanos, absolutamente diferentes em seus modos de pensar, perceber e viver. Desta forma, o que podemos fazer, enquanto profissionais de Comunicação Interna e/ou Endomarketing é manter constante o incentivo a essa percepção. Logo, manter uma posição profissionalmente Perceptante.
O orgulho de pertencimento, o reconhecimento, as contrapartidas, o ambiente de trabalho e até o salário recebido, são percepções a serem trabalhadas, constantemente. Pois acredite, tudo isso é subjetivo. E por isso, repito, o principal trabalho do pessoal de Endomarketing é fazer com que a percepção seja bem direcionada e, é claro, constante.
Bem, ficou claro que existe um poder imenso contido em toda essa prática, mas não irei me estender sobre ética profissional, pelo menos não nesse momento. Somente deixarei uma mensagem que bem poderia ser do gênio Tim Maia: siga “O caminho do Bem” para não ver o seu “Universo em Desencanto” e acabar perdendo o “Sossego”.
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