Você já foi a uma festa em que conhecia somente uma pessoa presente? E essa pessoa não te deu muita atenção? Acho que todos já passaram por esta experiência, terrível por sinal. As mãos se desencaixam do braço, os pés ganham 10 kg cada um, a língua fica com palpitação e seu eixo no mundo sai do lugar.
E isso tudo ocorre por um simples fato: se trata de uma festa. Pois se fosse uma missa, um enterro, uma formatura, uma visitinha ao fim da tarde, tudo bem, este comportamento já é esperado, o incomodo está sempre de sobreaviso. Mas a questão é que se trata de uma festa, o local próprio em que todas as pessoas estão se divertindo, menos você.
Fazendo uma analogia com o nosso universo corporativo, o primeiro dia de trabalho é muito próximo a esta sensação de estou na festa e não conheço ninguém, pelo simples fato de que naquele momento todas as pessoas estão trabalhando, menos você.
Sua cabeça está distante do ofício, seus sentidos todos aguçados, a tentação de sair correndo é forte, e a fome na hora do almoço? Sumiu. As apresentações ao público interno, seus novos colegas de trabalho, é um suplício; e tudo o que seu chefe fala é ouvido com tanta atenção que chega a ficar ecoando na cabeça durante alguns minutos, depois desce para o estômago.
É difícil a coisa não ser assim, pois estamos diante do novo e ele causa tudo isso mesmo em nosso corpo, desde o Homo Erectus. É da natureza humana. Mas o que nos salva, nessa questão, é que não somos só natureza, somos cultura também.
E nossa cultura ocidental possui algo que se denominou como boa educação. Nisso está contido o acolhimento, a recepção, a simpatia, a delicadeza, a boa vontade, a gentileza e mais diversos outros apetrechos sociais. Então, para começarmos logo a nossa conversa organizacional: não desenvolver um processo de integração para os novos funcionários, por mais simples que ele seja, é falta de educação!
Uma empresa que não possui esta ação em seus processos, culturalmente, é uma empresa mal educada, e sortuda. Porque só com muita sorte para conseguir manter-se atuante em um mercado feroz como este sem conduzir seu funcionário, logo de início, no caminho que se deseja. Afinal, se a primeira impressão é a que fica, acredito também que a primeira condução é a que se impõem.
Dentre os diversos benefícios de ações de integração está a adaptação mais rápida do novo funcionário às tarefas, o incentivo poderoso ao sentimento de pertencimento e cumplicidade, diminuição dos índices de acidentes de trabalho, redução das dúvidas e aumento da segurança e da produtividade e, principalmente, a criação de uma barreira ao desengajamento.

Então, o Ministério do Trabalho adverte: Não integrar faz muito mal para a saúde, de todos, principalmente da empresa.
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